Um jurista funcionário do IEFP, queixa-se de ter sido alvo de represálias pela Directora de Serviço, por ter actuado de uma forma isenta e justa.
O Sr. jurista, durante 20 anos representou o IEFP em tribunal, e de um momento para o outro, a Directora do Serviço, decidiu que estava na altura de ele fazer novas funções. Assim sendo o jurista foi transferido para um centro de emprego para dar apoio a desempregados.
Opinião: Desde já não percebo a indignação do jurista, ele acabou de ser promovido!!! Passou a ter menos trabalho!!! Então homem?? De que te queixas?? Dar apoio a desempregados? Que mais apoio é que eles precisam??? Desde que não te peçam dinheiro... é sempre a bombar!!!
O jurista, e como estou farto de lhe chamar jurista, vou deixar de lhe chamar jurista e vou passar a chama-lo de Cosme. Porquê Cosme? Porque sim.
Mas então o Sr. Cosme (estão a ver como fica bem), acha que foi alvo de represália por parte da Directora do Serviço, e apresentou o e-mail onde a Sra. Directora lhe justifica os motivos da promoção, passo a citar:
"Não acompanha os desafios e objectivos" propostos e "necessita de ter outro tipo de estímulo e de experiência dentro da nossa organização"
Não satisfeita, a Sra. Directora, achou que deveria ainda opiniar sobre o trabalho do Sr. Cosme, passo a citar:
"Tenho sentido que olha para a lei com a isenção e imparcialidade de um juiz que a tem de aplicar. Contudo, é advogado do IEFP. É certo que o IEFP prossegue o interesse público, mas [você] prossegue outro objectivo, a saber: empregar os seus conhecimentos a favor do IEFP, numa óbvia perspectiva de parcialidade e de pouca isenção em abono do seu cliente. Tudo o que fizer ao contrário deste princípio prejudica a sua carreira"
Ora aqui é que começa o meu dilema... desde já, o meu espanto por encontrar um jurista imparcial e isento como um juiz... como é que é possível? Ou bem que é imparcial e isento ou bem que é juiz, as duas coisas em simultâneo não faz qualquer sentido. Sra. Directora, ponha a mão na consciência antes de escrever determinados assuntos.
Depois, andei aqui a tentar perceber como é que a transferência para um centro de emprego, para dar apoio a desempregados seria benéfico para o Sr. Cosme, e consegui perceber... só dando apoio aos desempregados é que o Sr. Cosme consegue perceber o objectivo do IEFP, que é dar de mamar a pessoas que não querem trabalhar e que não querem ser justos com a sociedade. Que é o que acontece com (vou dizer um número à sorte) 80% dos desempregados, que vêm no subsidio de desemprego um direito a te-lo e não o dever de procurar emprego. É com eles que o Sr. Cosme vai saber como é que se deve trabalhar... daqui por um anito, o Sr. Cosme estará dotado de todas as competências para o lugar de jurista parcial e não isento como um juiz!!!
Nota: diz a noticia que a Sra. Directora já deixou as funções no serviço... não compreendo como descartam alguém com tanta competência, justiça e isenção para o cargo... Esperemos que o Sr. Cosme não tenha de lhe dar apoio no seu novo serviço....